terça-feira, 22 de junho de 2010

Sensação de leveza...


Liberdade, ou apenas vazio por dentro?

domingo, 13 de junho de 2010

Family Blood


Na agitada noite de hoje, sonhei com você. Por pelo menos 20 minutos muito reais.


A família voltava a ser mais forte, mais segura. Eram de novo noites geladas e intermináveis no estádio escasso, gritando palavrões, mostrando a raiva e o sangue quente, mas felizes por estarmos lá, e não desistirmos fácil. Dias que todos juntos, multiplicávamos a alegria, e dividíamos a tristeza. Vivendo entre alguns desentendimentos, que de fato sempre houveram, mas se eles não existem, nada é real. Mais dias em que falávamos e ríamos livremente as boas e velhas besteiras nas reuniões de família, sentados no sofá quando não tinha ninguém, até que alguém aparecesse forçando-nos cortar o assunto repentinamente... e sempre deixando as pessoas confusas. Eu sempre acabava rindo na hora errada, e essa parte era ás vezes a mais engraçada. Mais dias em que enfrentávamos juntos a correria louca por dinheiro do dia a dia, em ambientes de stress, ás vezes soando de calor, ás vezes congelando, mas, no fim do dia, voltando pra casa com a consciência limpa, sabendo que nossas famílias estariam nos esperando. Eram de novo as vezes que nos estressávamos por pouca coisa, sem saber o que seria um problema grande. E eram de novo os dias em que se sabia que, se algo acontecesse, teria alguém de confiança que enfrentaria qualquer circunstância para te socorrer a qualquer hora.

De repente, o longo período de sofrimento e amargura, insegurança e medo, passaram rapidamente. Anos em um abrir de olhos.


Infelizmente, eram apenas dias irreais, que voltaram num breve sonho. Dias que duraram 20 minutos. Dias diferentes aos reais. Dias que eu passava frente a hospitais sem angústia, via igrejas sem sentir raiva. Dias que não voltam.



Saudades de você, tio.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pra que?

Mesmo que só umas 4 ou 5 pessoas leiam e se importem com isso aqui.


Eu tinha aquele blog lá, o xmyothersidex.blogspot.com , a gente sabe... Mas como eu sou um cara muito do responsável, eu esqueci a senha, e perdi o blog. Sério.
Esqueci a senha por que não postava mais, e depois não postava mais por que tinha esquecido a senha. Puta cabacisse, né?
Mas whatever, se passou um ano, e talz, e cara, deu uma certa falta de escrever algo... não sei por que (mesmo que eu já não tenha mais a mesma inspiração de antes).
Será que eu tenho alguma necessidade psicologica de falar de mim, mesmo que ninguém ligue? Talvez.
Será que eu ando desocupado e não tenha encontrado outro passatempo? Talvez também...
O fato é que de algum modo, deu vontade de fazer outro blog, então tá ae... mas com algumas mudanças...
Não vou mais falar SÓ das merdas que acontecem na minha vida. Uma hora vai acabar ficando monótono, chato, as pessoas vão começar a falar 'tá bom, gabz, que saco, já entendemos que sua vida é chata!' e nem eu mais vou aguentar.
Ás vezes eu faço umas teorias imbecis com meus amigos, e até sozinho, e por mais que sejam MUITO idiotas, eu pretendo postar aqui também...
Sim, diversificação!
Vou postar seja lá o que me der da telha mesmo.
E eu sou um boca suja do caralho... não tem por que ficar me privando de falar merda, como eu fazia no myotherside.
Entre essas e outras, tá criada essa coisa aqui... talvez eu já pare de escrever semana que vem, talvez fique legal, talvez fique uma bosta (provável), mas vamos ver no que vai dar. =)

[My Other Side] Cloudy May Morning - pt. 2

Voltava pra casa num domingo comum, depois de ver o ensaio de uma banda que curto... meus ouvidos estavam zunindo, e minha cabeça viajava em pensamentos enquanto eu olhava pro céu cinza, que aos poucos escurecia.
Cheguei em casa, joguei as chaves na mesa, tomei um banho rápido, e fui me trocar. Eu estava cansado. Abri o armário, e vi mais uma vez aquele coração tão singelamente desenhado. Olhei, e dessa vez reparei que ele não parecia mais tão lindo. Não sentia mais o que já havia sentido quando o olhava. A emoção havia sido trocada pela razão: não havia mais motivo para mantê-lo comigo. Não valia mais a pena olhá-lo todo dia e não sentir valorização nenhuma. Um tando decepcionado, puxei o durex que o segurava, e joguei-o dentro do armário. Talvez nunca mais o visse, mas no momento, eu não estava ligando pra isso.
Por triste que parecesse, eu sorria. Podia me sentir um tanto vazio por dentro, mas eu estava com um sentimento ótimo, como se houvesse me libertado de algo que estivesse me fazendo mal, afinal acabei percebendo que não passei de uma onda passageira no mar das suas indecisões. Nada mais.
Me troquei, e fui dormir, me sentia um tanto... aliviado.

[My Other Side] Cloudy May Morning


Seis da manhã, frio, e a campainha do despertador soando... começava mais um dia, mas uma quinta feira. Minha cabeça estava vazia ainda, acabava de acordar, mas minha consciencia tentava me avisar algo. Saí da minha cama e fui trocar de roupa. Minha visão, até então um tanto embaçada e não-clara, avistou um singelo e pequeno coração desenhado num pedaço recortado de folha escolar branca, colado com durex na grande tábua de madeira que é a porta de meu armário. Um piscar de olhos, e lembrei que era a data do aniversário de alguém especial pra mim.
Antes mesmo de ter tempo de ter uma boa memória e dar um sorriso, meu coração disparou, e caiu sobre mim, novamente, um sentimento horrível, de indiferença, desprezo, como se eu já não fizesse mais parte daquela história...
O frio piso gelava minhas pernas, de baixo para cima, mas eu não ligava... continuava a olhar, inocentemente, aquele pedaço de papel, pensando em uma solução, uma atitude desesperada, qualquer coisa que me fizesse sorrir de novo.
Minhas pupilas dilatadas e meu cérebro pensativo foram interrompidos, pela voz fina de minha irmã , dizendo para me apressar. Eram seis e dezoito. Hora de tomar café e encarar mais um dia. Olhei pra trás mais uma vez antes de abandonar meu quarto, e me vi num misto de dúvida e esperança.
Me pergunto todo dia... a história acabou... ou só começou?

[My Other Side] Lembrança de sonho

Provável 2006, fim de tarde na casa de um primo, saco cheio de jogar videogame, desliguei fiquei olhando o céu escurecendo pela janela, deitado na minha cama. Tinha algo que não saia da minha cabeça, não sei o que, era como se eu tivesse deixado algo pra trás, ou perdendo meu tempo enquanto devia estar fazendo outra coisa.
Me vi de repente num vazio e cinza imenso, melancólico, e eu não estava sozinho. Estava sentado e havia alguém do meu lado, alguém acomodado e meus braços, e eu não conseguia olhar. O tão intenso e puro cinza ganhou uma parte de outra cor, suave... O tempo parecia não passar, tudo estava estático, e, por estranho que fosse aquilo, eu estava me sentindo muito bem, aquilo pra mim tava perfeito, meu coração batia forte.
No que fui fechar os olhos, percebi que estava sendo sugado pra realidade de novo... não queria isso, não queria deixar ali, e voltar pra corrida e estressante realidade . No que fui olhar pra trás, desesperado, me vi novamente deitado na cama, com cara de bobo. Estava relaxado e tranquilo. Minha mente, vaga. Levantei e fui tomar um café...
Desde aquele dia, de vez em quando, lembro disso, e não sei como ainda não esqueci daquela doce sensação... e nem quero esquecer.