domingo, 13 de junho de 2010

Family Blood


Na agitada noite de hoje, sonhei com você. Por pelo menos 20 minutos muito reais.


A família voltava a ser mais forte, mais segura. Eram de novo noites geladas e intermináveis no estádio escasso, gritando palavrões, mostrando a raiva e o sangue quente, mas felizes por estarmos lá, e não desistirmos fácil. Dias que todos juntos, multiplicávamos a alegria, e dividíamos a tristeza. Vivendo entre alguns desentendimentos, que de fato sempre houveram, mas se eles não existem, nada é real. Mais dias em que falávamos e ríamos livremente as boas e velhas besteiras nas reuniões de família, sentados no sofá quando não tinha ninguém, até que alguém aparecesse forçando-nos cortar o assunto repentinamente... e sempre deixando as pessoas confusas. Eu sempre acabava rindo na hora errada, e essa parte era ás vezes a mais engraçada. Mais dias em que enfrentávamos juntos a correria louca por dinheiro do dia a dia, em ambientes de stress, ás vezes soando de calor, ás vezes congelando, mas, no fim do dia, voltando pra casa com a consciência limpa, sabendo que nossas famílias estariam nos esperando. Eram de novo as vezes que nos estressávamos por pouca coisa, sem saber o que seria um problema grande. E eram de novo os dias em que se sabia que, se algo acontecesse, teria alguém de confiança que enfrentaria qualquer circunstância para te socorrer a qualquer hora.

De repente, o longo período de sofrimento e amargura, insegurança e medo, passaram rapidamente. Anos em um abrir de olhos.


Infelizmente, eram apenas dias irreais, que voltaram num breve sonho. Dias que duraram 20 minutos. Dias diferentes aos reais. Dias que eu passava frente a hospitais sem angústia, via igrejas sem sentir raiva. Dias que não voltam.



Saudades de você, tio.

Um comentário:

  1. Cara,infelizmente os bons vão no lugar dos ruins,com certeza ele está num ótimo lugar ,acopanhando seus passos,xingando a tudo e a todos,na maneira dele de ser...

    ResponderExcluir