quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Dissertação sobre ócio e lixo virtual.
Então, vamo lá.
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A questão é que, o pouco tempo livre que andei tendo, desperdicei. Costuma-me sobrar uma hora e meia sem ocupação durante o dia, e eu a joguei fora por um tempo. Futilidade, lixo virtual. Você sabe. Orkut, MSN, Twitter... um dia, eu pensei em criar um facebook, e no dia seguinte, hoje, percebi a merda incompleta que é tudo isso.
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É prático, é fácil, é barato. Se comunicar com os amigos nunca foi tão simples com o MSN. Admito. Mas porra, uma coisa é você estar usando pra conversas com pessoas de longe, de difícil acesso, uma conversinho ou outra por dia. Uma coisa é uma coisa, outra coisa, é outra coisa. Tem gente, como eu, nos ultimos tempos, que tem abusado dessa facilidade. Vejo certas pessoas todos os dias, e lá estou eu falando com elas no MSN. É automático. Um botão, e lá estou eu, conectado a todos, por essa parafernalha que, supostamente, devia aproximar as pessoas. Em parte, sim, mas digo: Aproximou pessoas distantes, mas distanciou pessoas próximas. A conversa pessoal, com vozes, risos, gestos, cumprimentos, e, em alguns casos, até carícias, passou a competir seu lugar com uma porrada de letras num fundo branco. É tão... impessoal isso.
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Pior ainda é o Twitter. Exibicionismo adolescente, todo mundo quer que os outros saibam o que se está fazendo, mas ninguém tá se fodendo pra saber o que o outro tá fazendo. Tá, eu sei, não é todo mundo, nunca é todo mundo. A generalização é um dos argumentos do fanático, ignorante e imbecil. Twitter tem sim sua utilidade, e gente séria. Mas raro. Bem raro. Ter followers virou sinonimo de 'ter amigos no orkut'. Quanto mais melhor. A ilusão triste e insegura de ter amigos. Em outras palavras, nem eu e nem você queremos saber se fulano tá com fome, se chegou atrasado, se cagou, se limpou a bunda. E, se 'ele' tá deprê com algo, ou feliz com algo que fez, e quer que você saiba, ele que venha contar pra você que é amigo. Ou não é?
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Andei usando essas coisas todas dessa maneira, por ócio, por automatização da rotina. Assim como eu muita gente deve fazer isso também. É uma questão de parar e pensar, se você pode aproveitar melhor o tempo e as pessoas, ou ficar inerte, nadando nos exageros fúteis da internet.
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É só uma parte do que eu penso...tem mais coisa que parei pra pensar sobre, e tirar novas conclusões. Usar as conclusões pra elaborar novas atitudes e conceitos. Mas eu não vou escrever agora. Não tenho o dia todo. Não tenho nem uma hora e meia.
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To parecendo um adolescente revoltadinho, falando merda, e voltando a fazer tudo de novo amanhã, né? É sim, eu sei, não nego.
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Você sabe (ou não) o que faz, e o que é melhor pra você. Se não gostou, mande-me me foder (pessoalmente, por favor). Sua opinião é bem vinda.
De qualquer jeito, eu planejei algo pra mim : trocar o lixo virtual por coisas que me acrescentam. Mais tempo tocando baixo, mais tempo lendo livros, mais tempo com meus amigos, me exercitando, e mais tempo (por pior que seja a qualidade), escrevendo.
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Oi. =)
Voltando... de novo.
Então;
Minha vida está sendo consumida pela rotina;
Sair antes do sol nascer, e voltar depois que ele se põe não é pra qualquer um... é uma luta grande, longa, e, muito provavelmente, dolorosa. Tentar entrar na estrada que sempre procurei, e que me dará um caminho na vida exige um cérebro racional, sentimentos controlados, e um físico muito acima do meu nível. É, vocês - seja lá quem 'vocês' sejam - devem saber do que eu estou falando.
A corrida anda apertada. É, tá foda... fora aguentar tudo isso, ainda vem o social, a família, e... caralho, aquilo tudo.
Pretendo voltar a postar alguma coisa aqui, por que já sei onde conseguir tempo. Segue, na proxima postagem. =)
sábado, 4 de setembro de 2010
Another day; another defeat.

Days are just not the same (what happened to us?)
Forced goodbyes; actions turning meaningless
The intensity was taken by time, we got destroyed as we accepted it
Losing became a routine?
Watch the traffic passing by as hope extinguishes
Where am I, fuck!, I don´t feel like I´m here
anymore
Erased by losses, lost without guidelines
Aah, open your eyes, we still got our chance!
Swallowed by the fog, I still scream
I can barely hear myself - Don´t give up!
Never sit watching as we fall
We got to rise again, together as it aways should have been!
Bring back the early days!
[nota: texto imcompleto - sujeito a muitas alterações! =]
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Ficando sem tempo!
Perto no real, longe na intenção
Nossos ideais perdidos nossas lembranças quebradas
Nada nos resta, a rotina nos consome!
Passa o caloroso abraço na manhã fria;
Passa uma vaga idéia relapsa em minha cabeça
Não se expressa, não tem brilho
Some rápida demais, quero enxerga-las
Não posso!
Não há mais tempo; corra!
Fechamos os olhos pra realidade, ignoramos o tempo
Chega a hora, o fim já nos encara, próximo demais
Hora de ignorar o passado, e pensar no agora...
E agora!?
É hora de escolher, é a sua vez, não há mais chances
Por que o que decidir, agora pode ser pra sempre
Por que o que decidir, será o destino de toda a história
A história que parecia apaticamente infinita... e agora parece tão amarga no final!
domingo, 11 de julho de 2010
Ah, tanto faz!
Nossa, nunca mais veio nenhum traço de inspiração esses dias... tipo, nenhuma imagem, nenhum verso, nenhuma idéia durante o dia ou a note que me batesse na consciencia dizendo 'ah, vou escrever sobre isso no blog!'.
Antes vinha bastante, e era até bom, mas aí eu tinha esquecido a senha do blog, aí fiquei bodeado de fazer outro, e essa merda total. Tá, alguma coisa eu até passei pra um caderno, na escola mesmo, jogado em algum canto da sala ou do pátio, mas vendo agora nem parece tão legal... ou talvez seja e eu não enxergue isso. Sei lá, talvez algum outro dia eu passe isso tudo pra cá.
Não sei nem por que eu vim escrever isso aqui agora. Eu já tava de saída, mas de repente quando fechei o navegador, lembrei que tenho um blog... e mesmo minha cama estando lá atrás me esperando, mesmo que eu não tivesse nenhuma idéia do que escrever, sei lá, eu só entrei e cliquei em 'novo texto' meio que automaticamente.
Quero dizer, até acho que sei por que vim pra cá... talvez escrever aqui seja minha válvula de escape. Sabe, é bom falar se si mesmo ás vezes, botar alguma merda pra fora, sei lá. E eu já tô meio que ficando de saco cheio dessa minha tão grande importância com alguns colegas e os problemas deles.
Quero dizer, tem vezes que um vem, fala uma coisa ruim que rolou com ele, e eu meio que paro de fazer o que tô fazendo, não consigo continuar, e fico tentando buscar uma solução, um consolo, sei lá, qualquer coisa que eu saiba que vai ajudar a resolver, ou ao menos confortar a pessoa... e quando eu não consigo, eu fico decepcionado comigo mesmo por ter falhado.
Aí vem o inverso, que rola muitas vezes: eu estou fodido com algo, alguma coisa tá me amargando, uma memória, um fato, um medo, uma insegurança... aí recebo um 'poxa, gabz...', ou um 'nossa... que tenso, mano!', ou sei lá, aqueles conselhozinhos padrão que todo mundo tem gravado na cabeça e normalmente falam por falar, e falam ás vezes o mesmo conselhozinho padrão pra vários problemas diferentes...
Não sei até onde é bom se preocupar com os outros. Aliás, ás vezes não sei distinguir se isso é uma qualidade ou um defeito meu.
Mas anyway, aqui pra mim não importa se vai ficar bonito, não vou ganhar nota, não tenho que impressionar ninguém.
Eu não espero que o blog me dê algum conselho. Não crio expectativa nenhuma. Nunca me decepciono. O que importa é que isso sempre me faz bem.
terça-feira, 22 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
Family Blood
Na agitada noite de hoje, sonhei com você. Por pelo menos 20 minutos muito reais.
A família voltava a ser mais forte, mais segura. Eram de novo noites geladas e intermináveis no estádio escasso, gritando palavrões, mostrando a raiva e o sangue quente, mas felizes por estarmos lá, e não desistirmos fácil. Dias que todos juntos, multiplicávamos a alegria, e dividíamos a tristeza. Vivendo entre alguns desentendimentos, que de fato sempre houveram, mas se eles não existem, nada é real. Mais dias em que falávamos e ríamos livremente as boas e velhas besteiras nas reuniões de família, sentados no sofá quando não tinha ninguém, até que alguém aparecesse forçando-nos cortar o assunto repentinamente... e sempre deixando as pessoas confusas. Eu sempre acabava rindo na hora errada, e essa parte era ás vezes a mais engraçada. Mais dias em que enfrentávamos juntos a correria louca por dinheiro do dia a dia, em ambientes de stress, ás vezes soando de calor, ás vezes congelando, mas, no fim do dia, voltando pra casa com a consciência limpa, sabendo que nossas famílias estariam nos esperando. Eram de novo as vezes que nos estressávamos por pouca coisa, sem saber o que seria um problema grande. E eram de novo os dias em que se sabia que, se algo acontecesse, teria alguém de confiança que enfrentaria qualquer circunstância para te socorrer a qualquer hora.
De repente, o longo período de sofrimento e amargura, insegurança e medo, passaram rapidamente. Anos em um abrir de olhos.
Infelizmente, eram apenas dias irreais, que voltaram num breve sonho. Dias que duraram 20 minutos. Dias diferentes aos reais. Dias que eu passava frente a hospitais sem angústia, via igrejas sem sentir raiva. Dias que não voltam.
Saudades de você, tio.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Pra que?
Eu tinha aquele blog lá, o xmyothersidex.blogspot.com , a gente sabe... Mas como eu sou um cara muito do responsável, eu esqueci a senha, e perdi o blog. Sério.
Esqueci a senha por que não postava mais, e depois não postava mais por que tinha esquecido a senha. Puta cabacisse, né?
Mas whatever, se passou um ano, e talz, e cara, deu uma certa falta de escrever algo... não sei por que (mesmo que eu já não tenha mais a mesma inspiração de antes).
Será que eu tenho alguma necessidade psicologica de falar de mim, mesmo que ninguém ligue? Talvez.
Será que eu ando desocupado e não tenha encontrado outro passatempo? Talvez também...
O fato é que de algum modo, deu vontade de fazer outro blog, então tá ae... mas com algumas mudanças...
Não vou mais falar SÓ das merdas que acontecem na minha vida. Uma hora vai acabar ficando monótono, chato, as pessoas vão começar a falar 'tá bom, gabz, que saco, já entendemos que sua vida é chata!' e nem eu mais vou aguentar.
Ás vezes eu faço umas teorias imbecis com meus amigos, e até sozinho, e por mais que sejam MUITO idiotas, eu pretendo postar aqui também...
Sim, diversificação!
Vou postar seja lá o que me der da telha mesmo.
E eu sou um boca suja do caralho... não tem por que ficar me privando de falar merda, como eu fazia no myotherside.
Entre essas e outras, tá criada essa coisa aqui... talvez eu já pare de escrever semana que vem, talvez fique legal, talvez fique uma bosta (provável), mas vamos ver no que vai dar. =)
[My Other Side] Cloudy May Morning - pt. 2
Cheguei em casa, joguei as chaves na mesa, tomei um banho rápido, e fui me trocar. Eu estava cansado. Abri o armário, e vi mais uma vez aquele coração tão singelamente desenhado. Olhei, e dessa vez reparei que ele não parecia mais tão lindo. Não sentia mais o que já havia sentido quando o olhava. A emoção havia sido trocada pela razão: não havia mais motivo para mantê-lo comigo. Não valia mais a pena olhá-lo todo dia e não sentir valorização nenhuma. Um tando decepcionado, puxei o durex que o segurava, e joguei-o dentro do armário. Talvez nunca mais o visse, mas no momento, eu não estava ligando pra isso.
Por triste que parecesse, eu sorria. Podia me sentir um tanto vazio por dentro, mas eu estava com um sentimento ótimo, como se houvesse me libertado de algo que estivesse me fazendo mal, afinal acabei percebendo que não passei de uma onda passageira no mar das suas indecisões. Nada mais.
Me troquei, e fui dormir, me sentia um tanto... aliviado.
[My Other Side] Cloudy May Morning
Seis da manhã, frio, e a campainha do despertador soando... começava mais um dia, mas uma quinta feira. Minha cabeça estava vazia ainda, acabava de acordar, mas minha consciencia tentava me avisar algo. Saí da minha cama e fui trocar de roupa. Minha visão, até então um tanto embaçada e não-clara, avistou um singelo e pequeno coração desenhado num pedaço recortado de folha escolar branca, colado com durex na grande tábua de madeira que é a porta de meu armário. Um piscar de olhos, e lembrei que era a data do aniversário de alguém especial pra mim.
Antes mesmo de ter tempo de ter uma boa memória e dar um sorriso, meu coração disparou, e caiu sobre mim, novamente, um sentimento horrível, de indiferença, desprezo, como se eu já não fizesse mais parte daquela história...
O frio piso gelava minhas pernas, de baixo para cima, mas eu não ligava... continuava a olhar, inocentemente, aquele pedaço de papel, pensando em uma solução, uma atitude desesperada, qualquer coisa que me fizesse sorrir de novo.
Minhas pupilas dilatadas e meu cérebro pensativo foram interrompidos, pela voz fina de minha irmã , dizendo para me apressar. Eram seis e dezoito. Hora de tomar café e encarar mais um dia. Olhei pra trás mais uma vez antes de abandonar meu quarto, e me vi num misto de dúvida e esperança.
Me pergunto todo dia... a história acabou... ou só começou?
[My Other Side] Lembrança de sonho
Me vi de repente num vazio e cinza imenso, melancólico, e eu não estava sozinho. Estava sentado e havia alguém do meu lado, alguém acomodado e meus braços, e eu não conseguia olhar. O tão intenso e puro cinza ganhou uma parte de outra cor, suave... O tempo parecia não passar, tudo estava estático, e, por estranho que fosse aquilo, eu estava me sentindo muito bem, aquilo pra mim tava perfeito, meu coração batia forte.
No que fui fechar os olhos, percebi que estava sendo sugado pra realidade de novo... não queria isso, não queria deixar ali, e voltar pra corrida e estressante realidade . No que fui olhar pra trás, desesperado, me vi novamente deitado na cama, com cara de bobo. Estava relaxado e tranquilo. Minha mente, vaga. Levantei e fui tomar um café...
Desde aquele dia, de vez em quando, lembro disso, e não sei como ainda não esqueci daquela doce sensação... e nem quero esquecer.